O primeiro passo para um bom prognóstico terapêutico é o trabalho com as diferentes emoções, reconhecer e compreender as mesmas, auxilia a criança no solução dos conflitos com maior facilidade e menos sofrimento. A criança cria estágios para melhor lidar com as situações adversas, iniciando seu processo de inteligência emocional, gerando mais oportunidades de aprendizado. A intervenção precoce no indivíduo favorece seu melhor desenvolvimento. Por vezes uma criança pode adotar condutas comportamentais, como o choro, para valer-se do seu desejo imediato. A mesma faz uso de tais estratégias para melhor compreender e descrever suas emoções. Por não saber expressá-las de forma mais eficaz, a criança dispõe de reações dos quais conhece e acredita serem as únicas possíveis; como o ato de chorar. A vivência do luto e conflitos no ambiente doméstico podem justificar comportamentos diversos. A criança pode apresentar-se mais agitada e agressiva demonstrando a falta de compreensão do que sente e a relação com os novos sentimentos. Todos nós temos emoções que podem ser positivas (alegria, amor) ou negativas (medo, raiva, vergonha, culpa e ciúmes). Todavia, nem todos conseguem reconhecê-las, nomeá-las portanto, lidar com elas de forma efetiva. É através das emoções que comunicamos nossas necessidades, direitos, frustrações, o que nos entristece ou alegra. Identificá-las permite que realizemos as mudanças necessárias em direção a quem ou ao que nos faz mais felizes. Deste modo, o problema não é sentir medo, ansiedade, raiva, entre outros e sim, reconhecer estas emoções e aceitá-las quando possível e continuar com seu auto funcionamento. É através do reconhecimento da emoções que desenvolvemos a “empatia” nas crianças, que em linhas gerais é a capacidade de compreender e se colocar no lugar do outro. Assim a criança aprende a nomear e reconhecer as emoções em si própria e no par. Este é o primeiro passo para melhor desenvolver as habilidades emocionais e a empatia.
Filomena Besteiro
Psicóloga – CRP 05/2017